Notable Days

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Pavel Büchler 
Notable Days
London, Book Works, 1990
208 p.
14,5 x 21,5 cm
700 ex.
ISBN: 978 1 870699 03 7

Notable Days é um livro que tenta – através da virada de página – reconfigurar o tempo e o calendário. Notable Days apresenta um “ano inteiro de dias”, contudo dentro deste contexto as épocas do ano variam, os dias desaparecem e são re-sequenciados, sugerindo que a história nunca está completa.

As imagens no livro são ampliadas de jornais revelando os meios tons usados para imprimi-las. A primeira seção apresenta imagens de mãos tiradas de fotografias de pessoas notáveis o suficiente para serem apresentadas nos jornais; separados de seus corpos e de seus contextos, seu significado é perdido. Estas imagens são intercaladas com uma imagem repetida de uma multidão com bandeiras – uma manifestação ou uma festa?

À medida que o livro avança, mais imagens de manifestações são sobrepostas até que as últimas páginas apareçam em preto denso. Os eventos imortalizados aqui existem em um passado que foi editado e reconfigurado, lembrando-nos que os jornais e as fotografias não são confiáveis no relato da história.

Notable Days is a book that attempts − through the turning of the printed page − to reconfigure time and the calendar. Notable Days presents a “full year of days” though within this year time shifts, days disappear and are re-sequenced suggesting that history is never complete.

The images in the book are enlarged from newspapers revealing the half-tone screen used to print them. The first section presents images of hands taken from photographs of people notable enough to be featured in newspapers; severed from their bodies and their contexts, their meaning is lost. These images are interspersed with a repeated image of a crowd with flags − a demonstration or a celebration?

As the book progresses further images of demonstrations are overlaid until the last pages appear as dense black. The events immortalised here exist in a past that has been edited and reconfigured, reminding us that newspapers and photographs are unreliable in their recounting of history.
https://www.bookworks.org.uk/node/22
https://www.printedmatter.org/catalog/tables/3/4762

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X–Range

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Regina Vater
X–Range
São Paulo, Ikrek Edições, 2017
41 x 41 cm
8 lâminas
Offset
1500 exemplares
ISBN 9788567769134

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X-Range foi concebido por Regina Vater e publicado originalmente em 1977 pela Galería Artemúltiple, em Buenos Aires, Argentina. Esta reedição do projeto visa colocar novamente em circulação essa obra, que marca as práticas do período e que se tornou também um documento. Em um único objeto, agrega práticas experimentais de Vater e o ambiente doméstico de artistas como Hélio Oiticica, John Cage, Lygia Clark e Vito Acconci.

http://www.ikrek.com.br/x-range/

The Paper Snake


Ray Johnson
The Paper Snake
Siglio, 2014
8.5 x 10.75
48 p.
Capa dura com sobrecapa.
ISBN: 978-1-938221-03-3

Há muito tempo já esgotado (e cobiçado pelo fans de Ray Johnson), The Paper Snake, é um trabalho essencial na obra de Johnson e o segundo título publicado pela extraordinária Something Else Press, de Dick Higgins, em 1965. Um vertiginoso e alucinante livro de artista, The Paper Snake estava muito a frente do seu tempo, unindo a subversidade e exuberância da arte e da vida. Montado e projetado por Higgins a partir de sua coleção de cartas e trabalhos artísticos enviados por Johnson (disse Johnson: “todos os meus escritos, rabiscos, peças, coisas que eu o escrevi , trouxe à ele em caixas , enfiei em sua porta, deixei em sua pia ou o que quer que seja, por um período de anos”). Paper The Snake conecta elementos diversos para tirar da cama relações fixas e forja novos sistemas de significado através de tesouras, pastas e do sistema de correio americano.

Long out of print (and coveted by Ray Johnson fans), The Paper Snake is an essential work in Johnson’s oeuvre and the second title published by Dick Higgins’s extraordinary Something Else Press in 1965. A vertiginous, mind-bending artist’s book, The Paper Snake was far ahead of its time in its subversive and exuberant confluence of art and life. Assembled and designed by Higgins from his amassed collection of Johnson’s letters, tid-bits and artworks (said Johnson: “all my writings, rubbings, plays, things that I had mailed to him or brought to him in cardboard boxes or shoved under his door, or left in his sink, or whatever, over a period of years”*), The Paper Snake connects disparate elements to unbed fixed relationships and forge new systems of meaning by means of scissors, paste and the American postal system.

http://sigliopress.com/book/the-paper-snake/

Augusta

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Thiago Honório
Augusta
São Paulo, Ikrek Edições, 2017
15,5 x 23 cm
128 páginas
500 exemplares numerados
Offset
ISBN 9788567769103

O artista é obcecado pelo acúmulo e inventário de objetos carregados de história e costuma trabalhar com o que chama de “transplante de superfícies”. Em Augusta, mapeia a gentrificação da famosa rua de São Paulo.
http://www.ikrek.com.br/augusta/

Erasmus is Late

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Liam Gillick
Erasmus is Late
88 p.
11,5 x 18 cm
1995, 1000 cópias
ISBN: 978 1 870699 17 4

O personagem central de Erasmus is Late é Erasmus Darwin, consumidor de ópio e irmão do famoso Charles, que está sempre atrasado. Certa vez, se atrasou para um jantar que ele mesmo estava recepcionando e cujos convidados ilustres já estavam reunidos em torno da mesa, incluindo: Robert McNamara, Secretário de Defesa de Kennedy; Masura Ibuka, co-fundador da Sony; e Murry Wilson, pai de Brian Wilson.
Enquanto os convidados esperavam, Erasmus perambulou pela Londres contemporânea, tornando-se assombrado por diferentes locais, que representam para Gillick o desenvolvimento do pensamento livre; Gillian Gillick, mãe do artista, ilustra esses locais com desenhos de linhas. Erasmus Darwin sintetiza para Gillick a atividade do pensamento livre; uma forma de manifestação política dependente de riqueza e tranquilidade. No entanto problemática na sua relação com o pensamento “não livre” e a classe operaria.
Em um nível, um guia para a Londres contemporânea visto através dos olhos de um georgiano, Erasmo Is Late é também um exame das posições pré-marxistas, uma investigação mal-pesquisada de um otimismo utópico que está lutando para prever o futuro.

Segunda edição, 2000, esgotada.
The central character of Erasmus is Late is Erasmus Darwin, opium-eater and brother of the more famous Charles who is indeed late. Late for a dinner party that he himself is giving and whose illustrious guests, already assembled around his table, include: Robert McNamara, Secretary of Defense under Kennedy; Masura Ibuka, co-founder of Sony; and Murry Wilson, father of Brian Wilson.
Whilst the guests wait, Erasmus dawdles through contemporary London becoming waylaid by different sites, which represent for Gillick, the development of free-thinking; Gillian Gillick, the artist’s mother, illustrates these sites with line drawings. Erasmus Darwin epitomises for Gillick the activity of free-thinking; a form of political pursuit dependent on wealth and leisure and problematic in its relationship to ‘unfree’ thought and the working classes.
On one level a guide to contemporary London seen through the eyes of a Georgian, Erasmus is Late is also an examination of pre-Marxist positions, an ill-researched investigation of a Utopian optimism that is struggling to predict the future.

Second edition, 2000, out of print.

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https://www.bookworks.org.uk/node/40

Toyota

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Erik van der Weijde (Amsterdam)
Toyota
Natal, 4478zine, 2016
32 p.
17 x 24 cm
offset
300 ex.

Due to the economic importance of its major employer, the city of Koromo changed its name to Toyota in 1959. The Homi public housing development in Toyota City opened in 1975 and was then a highly desirable residence for many families.
Today it is home to a large population of Brazilian immigrants, who came to the area to work at Toyota and related manufacturing jobs, but are now often the first to lose those jobs due to recession.

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http://4478zine.com/2010book_toyota.html
https://www.ideabooks.nl/9789491047091-erik-van-der-weijde-toyota

Livro de colorir – retrospectiva 2015

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Marilá Dardot
Livro de colorir – retrospectiva 2015
São Paulo, Ikrek Edições, 2016
32 x 21 cm
160 páginas
Offset
500 exemplares numerados
ISBN 9788567769073

A artista atua em entrelinhas da literatura, do texto. Trabalha com a palavra e o tempo. No Livro de colorir, dá ao leitor desenhos a partir de fotos trágicas de periódicos.

http://www.ikrek.com.br/livro-de-colorir-retrospectiva-2015/

Poética-Política

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Julio Plaza
Poética-Política
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São Paulo, STRIP, 1977.

15 x 22,5 cm
48 p.

O livro apresenta duas sequências de silhuetas de mapas, o mapa-mundi e o mapa da América Latina.

Texto do Julio Plaza sobre o trabalho, incluído no artigo “O livro como forma de arte”:

O livro aproveita a estrutura espaçotemporal, em sequência, para distribuir ao largo das páginas uma série de ícones (países) em disposição espacial determinada pelo ícone final da série: o mapa da América Latina, espaçotemporalizado.

Desde o primeiro ícone (país) até o último, o leitor é obrigado a decodificar cada pais que se apresenta de uma forma abstrata e sem referencial produtor de sentido. É no ato de folhear o livro que o leitor e junto cada ícone, vão gerando e produzindo sentidos, até completar mnemotecnicamente (ato de memória) o mapa da América Latina.

O livro contém duas séries dispostas segundo a abertura oriental e ocidental de livro, isto é, com a lombada para a esquerda, ou bem para a direita.

Sobre a segunda série, Paulo Leminski escreveu o que se segue:

“Primeira constatação: é um livro sem palavras. O próprio titulo é, mais que palavra, um ideogramamontagem das palavras poética e política com a letra “E”, e a letra “L” fundidas, dando o signo chinês para “Sol”. Como pode um livro sem palavras ser político? Em lugar de palavras, Plaza usa mapas. Conversa através de mapas, como os marinheiros conversam através de bandeiras. O livro de Plaza é um livro icônico. O primeiro livro político puramente icônico de que tenho noticia. Plaza utiliza apenas dois ícones: mapas de países e continentes e um ideograma ambivalente de um cadeado que, visto de ponta cabeça é um capacete. O livro inverte no meio, podendo portanto ser aberto com a lombada para a esquerda (modo ocidental) ou com a lombada para a direita (modo oriental: chinês, japonês, árabe, hebraico). O ideograma “cadeadocapacete” que começa o livro e o termina, cerca com sua sinistra ambigüidade e atrito entre os mapas.

Os mapas são dos Estados Unidos, do Oriente Médio, da América Latina, seus países, do Brasil, de Cuba, do Chile. E passam pelas páginas com o polimorfismo caprichosos de nuvens e a terrível precisão de conceitos. Da pura “presentação” dos mapas, jogando com o significado internacional de cada país, na distribuição das relações de poder, hegemonia, submissão e exploração, Plaza diagrama uma denúncia, historizando a geografia”.

Paulo Leminski, Um translivro, Diário do Paraná, Anexo. Domingo, 31 de julho de 1977.

Obra adquirida com apoio da Fapemig, como parte do projeto de pesquisa Livros de Artista no Brasil