Este blog tem como objetivo divulgar o acervo da Coleção Livro de Artista da Universidade Federal de Minas Gerais, a primeira coleção em uma biblioteca de universidade pública no Brasil. Em atividade desde novembro de 2009, o acervo possui mais de 1.500 livros de artista, além de obras de referência, revistas especializadas e revistas de artista. Atualmente este é o maior acervo público de livros de artista da América Latina.
Annette Messager Interdictions Paris, Dilecta, 2014 16.51 x 18.03 cm 80 p.
Nessa obra a artista, Annette Messager, desenhou uma série de pictogramas proibindo vários atos, retirando as inspirações de exemplos da internet e de uma viagem que ela realizou. Através dessa manipulação artística, Messager, convida o telespectador a ressignificar esses signos.
Francesca Woodman Francesca Woodman’s Notebook Milão, Silvana Editoriale, 2011 21.59 x 31.75 cm 24 p.
Esse livro de artista é uma obra fac-símile de um dos seis cadernos de artista produzidos pela Francesca Woodman ao longo de sua vida. Esse caderno contém diversas fotografias, textos e poemas feitos pela fotógrafa.
Sharon Kivland Un Voyage en Mer [Rennes], FRAC Bretagne, 2013 23 x 14,5 cm 24 p.
“Un Voyage en mer, editado pelo Fonds régional d’art contemporain de Bretagne por ocasião da exposição Ulysses: the other sea, apresenta um capítulo do livro do artista e escritor A Disturbance of Memory: Freud on Holiday (volume II , 2007). Este excerto fornece um panorama da investigação realizada por Sharon Kivland durante vários anos: seguindo os passos de Sigmund Freud durante suas férias. Neste capítulo, acompanhamos a artista, acompanhada por sua irmã e seu filho, pelo caminho outrora seguido pelos irmãos Freud durante uma viagem que os leva de barco de Veneza a Atenas. O diário de viagem do artista se confunde com o de Sigmund Freud, mas também com a Odisseia de Homero, entrelaçando palavras, imagens e lugares, entrelaçando diferentes camadas de realidade e ficção.”
Lucia Mindlin Loeb Ovo São Paulo, Dulcineia Catadora, 2015 16 x 27 x cm 100 ex Impressão pb digital em sulfite Faca oval carimbo da artista Costura japonesa manual Capa de papelão pintada a mão (Dulcinéia Catadora)
O livro-objeto tem um envelope colado na parte interna da capa. Contém uma folha amarela com palavras escritas pelas mulheres que fazem parte do Dulcinéia, associadas a “ovo”, “galo” e “galinha”. Algumas cópias têm uma carta escrita por Eminéia, uma das integrantes do grupo.
Luis Jacob Album VII Seoul, SAMUSO, 2008 44,5 x 29,2 84 f.
Esse livro faz parte de uma série de obras denominadas como “Albuns”, do artista Luis Jacob. Em cada uma das edições o artista se propõe a abordar uma temática central, no caso de “Album VII” o assunto tratado é o corpo humano e sua relação com objetos inanimados.
“Momentos de nudez e exposição se alternam entre uma sensação de liberdade e vulnerabilidade”, diz Jacob, criando o que ele descreve como “um espaço para a imaginação tão idiossincrático e único quanto cada espectador”. Portanto, ao fazer esse paralelo entre corpo e objeto o artista pretende ilustrar como o mundo material pode afetar as experiencias de um individuo.
Leonardo França e Lia Cunha Escuro Salvador, Incubadora de Publicações, 2018 14 x 19 cm 46 p.
Escuro é um livro-pele que lhe convoca a um pacto poético: tocar sentidos nas veias e cicatrizes das páginas, encontrar o brilho das palavras. Concebido e criado no encontro entre a artista visual Lia Cunha e o artista do corpo Leonardo França, o aspecto tátil, verbal e vestível do livro faz da relação corporal sua aventura poética. Os poemas de Leo, as gravuras e desenhos de Lia trazem uma pulsão erótica pela vida tateando outras lógicas na escuridão da razão.
Elaine Ramos e Maria Carolina Sampaio Urgente São Paulo, edição do autor, 2010 36 p.
Livreto artesanal de baixa tiragem feito em parceria com Maria Carolina Sampaio. O volume não possui texto, trata-se de um comentário visual sobre a obsolescência no universo gráfico. O papel fotossensível, usado para provas heliográficas, possibilitou que o livro se modificasse na presença do leitor, materializando a passagem do tempo. No evento de lançamento na galeria Vermelho, o público destacava as extremidades do envelope lacrado encontrando um livreto em papel fotossensível. Este papel, sensibilizado anteriormente, reagia ao contato com o ar, revelando progressivamente silhuetas de objetos de desenho em desuso, como curvas francesas, réguas de composição, letraset, etc. Objetos colocados sobre o livro também deixavam marcas, mas em pouco tempo esse processo se estabilizava, deixando gravadas as intervenções.